segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cena Brízida Vaz Auto da Barca do Inferno Antecipação







Concentra-te, agora, no texto de Gil Vicente.

Imagina excertos do diálogo que a prostituta, Brízida Vaz, vai manter com o Diabo e Anjo.




Diabo: Quem vem lá? Olha, Olha! Que Mulherão!

Brízida: Quem és tu? Tens chifres e uma cauda, porquê? Queres algum serviço?

Diabo: Ah então és prostituta? Porque te prostituiste?

Brízida: Ganha-se muito dinheiro.

Diabo: Ah, porque é que não trabalhas noutra coisa? Sei lá a lavar escadas ou o chão?

Brízida: Sabes, é mais fácil e ganha-se mais dinheiro.

Diabo: Ah, então lavar o chão é díficil? E que mais fazias?

Brízida: Bem, vendia raparigas novas e virgens, tal como os homens gostam. Mas ganha-se bem, acredita?

Diabo: Oh que coisa horrível! E porque o fizeste?

Brízida: Não me apetece trabalhar para "encher a barriga a patrões" sabes?

Diabo: Bem és preguiçosa e muito má. És das que eu gosto de ter a meu lado. O teu lugar é aqui comigo nesta barca, fizeste mal e muitos pecados.

Brízida: Ah, ta bem! Pode ser que eu até goste de estar contigo.
































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