segunda-feira, 28 de março de 2011
1. Percurso cénico das personagens;
Fidalgo: Fala com o Diabo, fala com o Anjo da Barca da Glória e volta outra vez á Barca do Inferno onde é condenado
Onzeneiro: Fala com o Diabo, fala com o Anjo da Barca da Glória e volta para a Barca do Inferno onde é condenado
Sapateiro: Fala com 0 Diabo, fala com o Anjo da Barca da Glória e volta para a Barca do Inferno onde é condenado
2. Culpabilidade / inocência;
Fidalgo vai para o Inferno e tem culpa porque é arrogante com toda a gente, explorador dos mais fracos, tinha vaidade, importância, poder e preguiça.
Onzeneiro vai para o Inferno por roubar os outros e autocrítica-se pelos seus pecados. Parvo vai para o purgatório, porque tudo o que ele fazia ou dizia não era levado a mal e ninguém lhe dava importância, tratavam-no mal. O sapateiro vai para o Inferno por que roubava às outras pessoas levando mais caro do que os sapatos eram.
3. Objectos cénicos que carrega / não carrega consigo para o palco;
Fidalgo: Cadeira de Espaldas; Rabo (cauda do manto) e um Pajem (um criado);
Onzeneiro: Bolsão com dinheiro;
Sapateiro: Avental; Formas dos Sapatos;
Parvo: Não veio com nada
4. Destino das personagens;
Fidalgo: Inferno
Onzeneiro: Inferno
Parvo: Purgatório
Sapateiro: Inferno
5. Principais acusações a que é sujeito o Sapateiro:
ACUSAÇÕES DIABO
“E tu morreste escomungado”;
“Calaste dous mil enganos. Tu roubaste bem trint’anos o povo com teu mester”;
“Ouvir missa, então roubar é caminho per`aqui”;
“E os dinheiros mal levados, que foi da satisfação?”;
ACUSAÇÕES ANJO
"A cárrega t`embaraça";
"Essa barca que lá está leva quem rouba de praça";
"Se tu viveras dereito, elas foram cá escusadas";
6. A fala mais interessante da cena. Porquê.
Cena do Parvo com o Diabo. Porque ele sem querer insulta o Diabo e a sua mulher sem se aperceber do que está a fazer.
7. Passagens geradoras de cómico.
Todos são cómicos de linguagem.
8. Opinião pessoal acerca da cena.
Eu acho que essa cena é uma das que mais criticas tem tanto pelo Diabo como pelo Anjo . É uma das cenas que gostei de ler porque Tem linguagem que nunca se vê num livro de português.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Auto da Barca do Inferno Cena "O Parvo"
Depois do julgamento do Fidalgo e do Onzeneiro, eis que ao cais chega Joane, o Parvo. Agora que conheces a dinâmica do Auto da Barca do Inferno, procura adivinhar o que vai suceder nesta cena, referindo percurso cénico da personagem, os argumentos trocados com o Diabo e o Anjo e a sentença final.
Vem Joane, o Parvo, e diz:
PARVO: Oh! Quem és tu? Que fazes aqui?
DIABO: Eu? Ah! Vê-se logo que és parvo!
PARVO: Eu? Mas eu não sou parvo!
DIABO: És sim, por isso vais para a minha barca.
PARVO: Mas eu não quero ir ! Essa é muito escura.
DIABO: Eh! Mas tu portaste-te mal!
PARVO: Mas não foi por que quis! Obrigaram-me!
DIABO: Ah! E porque é que morreste?
PARVO: Eu? Estava a nadar no rio e esqueci-me que não sabia nadar e afoguei-me.
DIABO: Oh! O teu lugar não é aqui! Vai-te embora!
Chega o Parvo ao batel do Anjo e diz:
PARVO: Oh! Que bonita barca! E quem és tu? Para onde vai?
ANJO: Eu sou o Anjo e vou para a Terra dos Sonhos.
PARVO: Ah! Qualquer sonho? E eu posso entrar?
ANJO: Sim, qualquer sonho! E tu portaste-te bem?
PARVO: Sim, ajudei a minha mãe com os meus irmaõs.
ANJO: Ah, muito bem, e nunca mentiste a ninguém?
PARVO: Pois não! Quase sempre me portei bem!
ANJO: Pois foi! Podes entrar, esta é a tua barca!
PARVO: Ah! Obrigado Amigo! És muito porreiro.
ANJO: Entra! Entra e descansa em Paz!
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